Quem gosta da cultura oriental dificilmente ignora a existência da capital do Japão, Tóquio, conhecida por suas ruas iluminadas, comidas típicas, grande quantidade de vulcões e frequentes ocorrências de terremotos. Quem já foi até lá tem sempre uma história inusitada, curiosa e interessante de ser ouvida. Mas a impressão deixada por esse lugar tão populoso e com costumes tão diferentes dos nossos (meros ocidentais) nem sempre é das melhores. Se por um lado Tóquio é considerada incrível por uns, por outro ela é considerada também populosamente triste por outros. Esse dois aspectos são muito evidentes e perceptíveis através do filme "Lost in Translation" (Encontros e Desencontros, em português), roteiro e produção de Sofia Coppola, e do livro "Império dos Signos", de Roland Barthes.
No filme, Bob (bill Murray) está Tóquio para fazer um comercial de uísque, e Charlotte (Scarlett Johansson) está acompanhando seu marido fotógrafo viciado em trabalho que sempre a deixa sozinha no hotel. Bob e Charlotte, então, se encontram por acaso no restaurante do hotel e acabam tornando-se grandes amigos. Juntos então eles partem para a vida movimentada de Tóquio durante a noite. O filme mostra o quanto pode ser difícil estar numa cultura completamente diferente da sua, em que a língua, a comida, as festas e a forma de aproveitar a vida são tão diferentes que o sentimento de ser "um estranho no ninho" se intensifica a cada dia. Mas apesar disso, o filme tem seu toque de humor quando, por exemplo, eles vão jantar em um restaurante e tem que preparar sua própria refeição. É bem legal e não tem aquele lance de comédia romântica americana.
No livro do Barthes, Tóquio e a cultura como um todo é representada e mostrada de forma muito diferente. Sem tons de cinza, somente com o colorido e a alegria japonesa (literariamente falando, claro), Barthes nos apresenta sua visão do lugar. No livro tudo é encantador, lindo, musical e mágico. Ele apresenta sua opinião sobre vários aspectos, desde os palitos usados na comida até as salas de jogos que são muito comuns lá. Para ele, a cultura deveria ficar intocada devido sua pluralidade e beleza incomuns no resto do mundo.
Depois de duas visões completamente diferentes de Tóquio, quero saber qual é a tua opinião. Tóquio é o lugar onde todos caminham sozinhos no meio da multidão ou é onde cada diferença é uma nova descoberta?
Amba as duas mas cada diferença é uma nova descoberta mesmo, se trata de um modo de visão diferente de vida, dos aspecto de cultura e religião e da historia de todos. Enfim é, digamos que é um mundo diferente do nosso país.
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